terça-feira, 8 de janeiro de 2008

OS FENÍCIOS

A Fenícia foi um antigo reino cujo centro se situava na planície costeira do que é hoje o Líbano, no Mediterrâneo oriental. Esta civilização desenvolveu-se entre os séculos X e V a.C., estabelecendo colónias em todo o norte de África e sul da Europa.


OS FENÍCIOS E A SUA HISTÓRIA
A civilização fenícia tinha uma cultura centrada no comércio marítimo. Entre os séculos X e I a.C., os fenícios criaram entrepostos comerciais ao longo de todo o Mediterrâneo, chegando às costas atlânticas da península Ibérica e norte da África.
Seus principais adversários comerciais, e consequentemente bélicos, eram os gregos, que paradoxalmente, são uma de suas primeiras e mais importantes influências (principalmente os micênios) sociais e políticas. Infelizmente, os fenícios não deixaram
literatura ou registros escritos em materiais resistentes ao tempo, e por esse motivo o que se sabe da sua escrita provém apenas de curtas inscrições em pedra.
As suas cidades principais foram
Sídon, Tiro, Biblos e Beritus (atual Beirute), na Costa do Levante. No norte da África, existiram Cartago, Útica dentre outras. Na atual Itália, no extremo oeste da ilha da Sicília, havia uma cidadela portuária estratégica, rodeada de muralhas, chamada Motya. Sarepta, no sul da Fenícia, região do atual Oriente Médio, é onde se realizaram as mais profundas escavações arqueológicas. Os Fenícios chegaram à Espanha e a atual Itália, fundando colônias onde hoje repousam cidades como Cádiz (ESP) e Palermo e Cagliari (ITA).
A
marinha fenícia era uma das mais poderosas do mundo antigo. Com a frota feita a base de cedro, árvore típica da região, símbolo inclusive registrado na bandeira do Líbano. Suas embarcações dotadas de aríetes de proa, quilha estreita e vela retangular eram velozes e mais fáceis de manobrar. Com isso, os fenícios mantiveram sua superioridade naval por séculos. Quando a Pérsia tomou controle da Fenícia, no século VI a.C., os persas passaram a utilizar a engenharia naval fenícia para tentar controlar o Mediterrâneo, o que não era tão mal visto pelos fenícios, já que os persas lhes davam certa autonomia política e religiosa, e os gregos eram seus inimigos há séculos. Na expedição de Xerxes em 480 a.C., havia três dos mais renomados "almirantes" fenícios em sua frota. Em certa feita, durante o reinado do rei persa Cambises II da Pérsia, os persas contavam com o apoio naval dos fenícios para conquistar o norte da África. Mas os navios retrocederam após um ataque ao Egito, pois constava nos planos dos persas um ataque à colônia fenícia de Cartago.
Após o
século V a.C., quando a Fenícia foi ocupada pelos macedônios de Alexandre, o Grande, a Fenícia deixou de existir como uma unidade política, e seu território original deixou de ser governada pelos fenícios. Vale lembrar que Alexandre tem fortes raízes na Grécia, inimigos dos fenícios. No entanto, suas colônias ao longo da costa do Mediterrâneo, como Cartago na Tunísia, Gadir na Espanha, Panormo na Sicília e Tingis (atual Tânger, no Marrocos) continuaram a prosperar como importantes portos e entrepostos comerciais, especialmente aquela primeira cidade, que se tornaria centro da civilização fenícia.
A influência fenícia declinou após as derrotas nas
Guerras Púnicas contra o Império Romano, no século II a.C..
O
nome Fenícia deriva do nome grego da área: Φοινίκη — Phoiníkē. O nome Espanha vem de uma palavra fenícia que significa "costa de coelho". Quanto à religião, os fenícios eram politeístas, e talvez admitissem sacrifícios humanos.
Na
Bíblia, o rei Hiram I de Tiro é mencionado como tendo cooperado com o rei Salomão na organização de uma expedição ao Mar Vermelho e na construção do Templo de Salomão. Este templo foi construído de acordo com desenho fenício, e as suas descrições são consideradas como a melhor descrição existente que temos do que terá sido um templo fenício. Os fenícios da Síria também eram chamados siro-fenícios.
Hiram I de Tiro é o rei mítico da cidade fenícia de Tiro. É mencionado unicamente na Bíblia, em um tratado comercial com Rei Salomão. Não existe outro testemunho sobre sua vida, alem deste. Segundo a Bíblia (mais precisamente no Primeiro livro dos Reis, capítulo 5), Hiran enviou mensageiros para Salomão para oferecer seus respeitos depois que este foi coroado como sucessor do David. Salomão necessitava de madeiras finas para construir o Templo de Jerusalém, portanto necessita comerciar com Hiram. Nesta troca Salomão recebe o cedro-do-líbano, em troca de vinte mil cargas de trigo e vinte mil medidas de azeite. Os trabalhadores de Salomão e Hiram trabalharam junto extraindo madeira e cortando pedras em blocos, para terminar o edifício.
A
escrita utilizada baseava-se no alfabeto fenício, que inovava em relação a outros sistemas de escrita da antiguidade por basear-se em sinais representando sons, ao invés de pictogramas. Esse alfabeto é ancestral de grande parte dos alfabetos usados no mundo (como o grego, o latino, o árabe e o hebraico). Vale ressaltar que a invenção da escrita é atribuida aos Sumérios, uma das mais antigas civilizações mesopotâmias(4000 a.C-1900 a.C),com o objetivo de registrar as transações comerciais. O primeiro alfabeto fenício, foi adaptado a partir desse sistema silábico de escrita cuneiforme sumério.
Os fenícios foram um povo de
comerciantes com descendência de Cam(figura da mitologia judaica de existencia não-comprovada) que saíram do norte da região hoje conhecida como Líbano para o norte da África em busca de novas rotas e que por um grande período de tempo dominaram o comércio no Mediterrâneo. Assim, os fenícios fundaram portos e cidades em lugares tão longínquos quanto a costa norte de África e a Espanha.
Após períodos consecutivos anos de dominação
assíria, persa e macedônica, a região de origem dos fenícios perdeu seu poder, ao passo que uma das colônias fenícias do Mediterrâneo, Cartago, ascendeu como um dos portos mais importantes do Mediterrâneo. Em um intervalo de 120 anos, entre os séculos III e II a.C., os fenícios de Cartago disputaram o controle do mediterrâneo com a República Romana nas Guerras Púnicas. Após sua derrocada em 146 a.C., pouco restou da cultura fenícia no Mar Mediterrâneo.

CULTURA E RELIGIÃO
A constante presença de potências estrangeiras na vida cultural da Fenícia parece Ter sido a causa de sua pouca originalidade: as sepulturas fenícias, por exemplo, eram decoradas com motivos egípcios ou mesopotâmicos. Apesar de serem mais habilidosos que criativos, foram encontradas, na biblioteca de Ugarit, pequenas tábuas de argila contendo documentos administrativos, cânticos religiosos, hinos e textos mitológicos que trouxeram maiores informações sobre as crenças religiosas desse povo.
Os fenícios erguiam altares nas partes mais altas de suas cidades para sacrificar pequenos animais em oferenda aos deuses. Esses deuses representavam fenômenos da Natureza: Dagon representava os rios e anunciava as chuvas: Baal era o deus das alturas, tempestades e raios: Ayan e Anat, filhos de Baal, representavam as águas subterrâneas e a guerra, respectivamente. Os fenícios tinham deuses comuns, embora com nomes diferentes em cada local; por exemplo, na cidade de Tiro Baal era denominado Melqart.




ARTE FENÍCIA ..................................................................................... - Ruínas de Cartago
A arte fenícia refere-se à expressão artística dos
Fenícios um povo semita do mundo antigo. Sua origem é desconhecida, mas se estabeleceu na Fenícia (região mediterrânea correspondente ao Líbano, Síria e Israel) por volta de 3000 a.C. Os Fenícios eram altamente civilizados (inventaram um sistema de escrita anterior ao alfabeto moderno) e eram hábeis comerciantes marítimos, chegando a fundar colônias através do Mediterrâneo, principalmente Cartago. Atingiram o auge do poderio entre 1200 e 800 a.C.. Foram conquistados pelos Persas no século VI a.C.
Sua arte mais típica é representada nos
escaravelhos de jaspe verde, encontrados principalmente nos cemitérios cartagineses da Sardenha e de Ibiza. No período helenístico, destacaram-se na confecção de sofisticados sarcófagos de mármore e ficaram famosos como artistas e artesãos, mas poucos trabalhos em larga escala sobreviveram até nossos dias. No entanto, graças à sua atividade mercantil, os pequenos artefatos chegaram a se difundir pelo mundo mediterrâneo, muitos deles encontrados em escavações. Sobressaíram-se também na confecção de objetos de luxo, como jóias, estatuetas, garrafas de vidro e alabastro, caixas de marfim e recipientes de bronze.



CURIOSIDADE: O navio fenício era a melhor embarcação da Antiguidade. Tinha 2 ou 3 fileiras de remos - daí o nome birreme ou trirreme - e até 35 metros. Foi copiado por Gregos e Romanos, que o usaram para dominar a navegação no Mediterrâneo.


O DIA DE HOJE NA HISTÓRIA

ACONTECIMENTOS HISTÓRICOS
1198 - Eleição do Papa Inocêncio III.
1297 - Independência do Mónaco.
1805 - A Colônia do Cabo, na África do Sul, torna-se colônia britânica
1815 - Fim da guerra entre os Estados Unidos e o Reino Unido através do Tratado de Ghent. New Orleans: os britânicos foram derrotados por forças americanas lideradas por Andrew Jackson e por piratas liderados por Jean Laffite.
1889 - Herman Hollerith patenteou sua máquina de tabulação, que foi usada pela primeira vez para compilar dados de um recenseamento.
1918 - O presidente Woodrow Wilson profere o discurso dos Quatorze Pontos.
1925 - O compositor russo Igor Stravinsky apresentou-se pela primeira vez nos Estados Unidos, regendo a Orquestra Filarmônica de Nova York.
1926 - Abdul-Aziz ibn Sa'ud foi coroado rei de Hejaz e lutou para a unificação do país, hoje a Arábia Saudita.
1959 - Fidel Castro chega a Havana, capital de Cuba, após derrubar em 1° de janeiro, Fulgencio Batista (que fugiu para o exílio), e assume o poder em Cuba.
1959 - O general Charles De Gaulle foi chamado para assumir o governo da França, ao qual havia renunciado em 1946. O país estava à beira de uma guerra civil.
1963 - É adoptada a bandeira do estado de Minas Gerais
1968 - A TV americana exibiu pela primeira vez um documentário submarino do oceanógrafo Jacques Cousteau.
1979 - O petroleiro francês Betelgeuse explode no terminal da Gulf Oil em Bantry na Irlanda - 50 mortos.
1992 - A sonda Sakigake fez uma operação de assistência gravitacional com o auxílio da força da gravidade da Terra
1994 - Lançamento da missão Soyuz TM-18
1996 - François Mitterrand, que governou a França de 1981 a 1995, morreu aos 79 anos vítima de câncer na próstata.
1997 - Depois de 30 anos, chegou ao fim o casamento do compositor Chico Buarque com a atriz Marieta Severo.
1998 - Imagens transmitidas de Saturno pelo telescópio espacial Hubble fortaleceram a teoria da existência de planetas fora do sistema solar.
2004 - A Hewlett-Packard (HP) anunciou que iria licenciar o iPod da Apple para criar um reprodutor de áudio digital com a marca da HP.
2006 - Mehmet Ali Ağca, autor do atentado contra o Papa João Paulo II, recebe ordem de soltura na Turquia.



NASCIMENTOS
1601 - Baltasar Gracián, religioso espanhol (m. 1658)
1632 - Samuel Pufendorf, jurista alemão (m. 1694)
1823 - Alfred Russel Wallace, naturalista, geógrafo, antropólogo e biólogo inglês (m. 1913)
1854 - Samuel Liddell MacGregor Mathers, ocultista britânico (m. 1918)
1867 - Emily Greene Balch, ativista estadunidense (m. 1961)
1870 - Primo de Rivera, militar e ditador espanhol (m. 1930)
1891 - Walther Bothe, físico alemão (m. 1957)
1894 - São Maximiliano Maria Kolbe, religioso polonês (m. 1941)
1902 - Carl Rogers, psicopedagogo estadunidense (m. 1987)
1921 - Leonardo Sciascia, escritor siciliano (m. 1989)
1922 - Ademir de Menezes, pricipal jogador do Expresso da Vitória do Vasco
1934 - Jacques Anquetil, ciclista francês (m. 1987)
1935 - Elvis Presley, cantor norte-americano (m. 1977)
1941 - Graham Chapman, actor e escritor britânico, ex-membro do grupo Monty Python (m. 1989)
1942 - Junichiro Koizumi, primeiro-ministro japonês. / Stephen Hawking, físico teórico inglês. / Vyacheslav Zudov, cosmonauta soviético.
1946 - Robby Krieger, músico estadunidense.
1947 - David Bowie, músico inglês
1951 - Kenneth Anthony, primeiro ministro de Santa Lúcia.
1960 - Dave Weckl, baterista estadunidense.
1967 - Guilherme Fontes, actor e diretor brasileiro.
1967 - Michelle Forbes, actriz estadunidense.
1973 - Sean Paul, Cantor de origem jamaicana
1976 - Alexandre Pires, cantor e compositor brasileiro.
1979 - Adrian Mutu, futebolista romeno.
1980 - João Filipe Mendes Ventura, um gajo porreiro.
1984 - Leandro Bonfim, jogador de futebol brasileiro.



FALECIMENTOS
1198 - Papa Celestino III (n. 1106)
1324 - Marco Polo, viajante veneziano (n. 1254)
1337 - Giotto, pintor italiano (n. 1266)
1538 - Maria de Aragão, rainha de Portugal (n. 1482)
1642 - Galileu Galilei, matemático e físico italiano (n. 1564)
1713 - Arcangelo Corelli, violinista e compositor italiano (n. 1653)
1824 - Luis Paulino d'Oliveira Pinto da França, nobre e militar português (n. 1771)
1845 - José de Sousa Breves, fazendeiro brasileiro (n. 1748)
1854 - William Carr Beresford, nobre e militar de Portugal (n. 1768)
1902 - Mouzinho de Albuquerque, 77.º Governador de Moçambique (n. 1855)
1914 - Simon Bolivar Buckner, militar e político estatunidense (n. 1823)
1941 - Robert Stephenson Smyth Baden-Powell, militar inglês e fundador do Escotismo (n. 1857)
1942 - Joseph Franklin Rutherford, religioso estadunidense (n. 1869)
1950 - Joseph Schumpeter, economista checo (n. 1883)
1976 - Zhou Enlai, primeiro-ministro chinês.
1985 - Aracy Cortes, cantora brasileira (n. 1904)
1991 - Steve Clark, músico britânico
1996 - François Mitterrand, político francês (n. 1916)
1996 - Alberto Frederico Etges, bispo católico brasileiro (n. 1910)
1998 - Sonny Bono, cantor estadunidense (n. 1935)
2002 - Aleksandr Mikhailovich Prokhorov, físico soviético nascido na Austrália (n. 1916)
2003 - José Viana, actor português.
2006 - Tony Banks, político britânico (n. 1943)